Nesta terça-feira, 27 de agosto, às 10h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o novo limite leste do Sistema Costeiro-Marinho do Brasil, alinhado com a região da Amazônia Azul. O anúncio ocorrerá no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, em Macapá, capital do Amapá.

O evento faz parte de um seminário promovido em parceria com o Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com o apoio do Projeto TerraMar (MMA/GIZ/IKI), da Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) da Marinha do Brasil, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá e de outros atores locais envolvidos no gerenciamento costeiro. O seminário, intitulado "A Amazônia Azul e o Sistema Costeiro-Marinho", poderá ser transmitido pelo IBGE Digital, aguardando apenas a confirmação técnica.

A redefinição do limite leste busca atender às demandas de diversos setores da sociedade interessados em um mapeamento abrangente da área marítima sob jurisdição brasileira, incorporando a Amazônia Azul. Esta região compreende a superfície do mar, as águas sobrejacentes, o solo e o subsolo marinhos ao longo da extensão atlântica, que se projeta desde o litoral até o limite exterior da Plataforma Continental Brasileira.

Essa nova delimitação representa uma ampliação de mais de 4 milhões de km² em comparação ao Mapa de Biomas e Sistema Costeiro-Marinho do Brasil, publicado em 2019, que utilizava os Grandes Ecossistemas Marinhos brasileiros como limite leste. Vale destacar que não houve mudanças na porção continental, onde estão localizados os ambientes costeiros, como dunas, mangues e restingas, formações pioneiras desenvolvidas sobre sedimentos marinhos ao longo do litoral brasileiro.

Durante o evento, serão disponibilizados uma nota técnica detalhando os procedimentos adotados para o desenvolvimento do novo traçado marítimo, além de um dado vetorial em formato shapefile e um mapa em PDF. Esses materiais são essenciais para a representação físico-biótica do país e contribuirão para a gestão sustentável da biodiversidade costeira e marinha, desde sua aplicação na educação básica até o suporte na formulação de políticas públicas.