Um estudo recente do renomado economista e demógrafo Juan Carlos Albizu-Campo revela que quase 2 milhões de cubanos emigraram entre 2022 e 2023, resultando em uma redução populacional de 18%. A população do país caiu de aproximadamente 11 milhões para 8,6 milhões, refletindo uma rápida diminuição que segue a projeção do Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, que estima que, até 2100, Cuba terá apenas 4,5 milhões de habitantes.
A crise econômica e social sob o regime comunista fundado por Fidel Castro está levando os cubanos a buscarem melhores condições de vida no exterior. Entre outubro de 2021 e abril de 2024, mais de 738 mil cubanos emigraram para os Estados Unidos, incluindo aqueles com vistos, beneficiários de programas humanitários e entradas irregulares. Esse êxodo em massa é agravado pela escassez de medicamentos básicos, insegurança alimentar e deterioração das condições de vida na ilha.
A população jovem e fértil é a mais afetada, com muitos questionando como poderiam criar filhos em meio a tanta dificuldade. Além disso, o aborto tem sido utilizado como um método anticonceptivo, legalizado desde 1965, e o país registra uma das menores taxas de natalidade da região, com média de 1,14 filhos por mulher.
O envelhecimento da população cubana é outro desafio significativo. Em 2017, estimava-se que a população fosse de 11,38 milhões, mas o número caiu drasticamente, e agora 22,3% da população está na terceira idade. A menor taxa de natalidade em 60 anos, com apenas 90.374 nascimentos em 2023, agrava ainda mais a situação.
O primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, afirmou a necessidade de "reimpulsionar a economia" para mitigar o impacto direto na população. Entretanto, enquanto a crise continuar a empurrar os cubanos para fora do país, a tendência de envelhecimento e a diminuição populacional devem persistir, pintando um futuro sombrio para a ilha caribenha.