O Dicastério para a Doutrina da Fé (DDF) do Vaticano excomungou o arcebispo Carlo Maria Viganò, declarando-o culpado de cisma. A decisão foi baseada em suas declarações públicas de recusa em reconhecer a autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II.
Os principais motivos para a excomunhão incluem a rejeição de Viganò ao Papa Francisco, alegações de infiltração maçônica na Igreja e críticas a acordos do Vaticano, como o pacto com o regime chinês. Viganò, por sua vez, afirma estar defendendo a verdade e denuncia a autoridade papal atual como ilegítima.
A excomunhão impede Viganò de receber sacramentos e exercer funções eclesiásticas, embora o Vaticano veja a medida como um convite ao arrependimento.
Nos últimos anos, a Igreja Católica excomungou vários bispos por diferentes razões. Alguns dos casos mais notáveis incluem:
1. Richard Williamson - Williamson foi excomungado duas vezes, a mais recente em 2019. Ele perdeu um recurso contra sua condenação por incitar ódio devido a comentários que negavam o Holocausto. Williamson, durante uma entrevista na televisão em 2009, negou a existência de câmaras de gás nos campos de concentração nazistas, o que é um crime na Alemanha, onde a entrevista foi gravada【28†source】.
2. Enrico Maria Righi - Um padre italiano foi excomungado em 2023 após chamar o Papa Francisco de "usurpador" e se recusar a reconhecer sua autoridade. Este ato foi considerado cisma, resultando em sua excomunhão automática【27†source】.
3. Rogelio Livieres Plano - Em 2014, o bispo paraguaio foi removido e mais tarde excomungado por sua recusa em seguir as diretrizes do Vaticano, incluindo a nomeação de um sacerdote acusado de abuso sexual.
Estes casos ilustram as situações em que a Igreja Católica tem usado a excomunhão como uma medida disciplinar para lidar com cismas, heresias e outros atos considerados graves contra a doutrina e a autoridade da Igreja.