O Estado quando governado por uma tropa de burocratas só atrapalha e quando está infectado de ódio é um desastre. “A forma mais insinuante e perigosa de despotismo em que a opressão pode eclipsar uma comunidade é a do controle popular”, já dizia Fenimore Cooper. Felizmente, mesmo com a atuação desastrosa do Estado, o povo unido sem fronteiras, é imbatível.
A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul nos fez refletir em vários aspectos, especialmente a questão da polarização política. O Estado não conseguiu desunir o povo, pelo contrário, uniu os povos. Sul, sudeste, centro-oeste, nordeste e norte se deram conta que para desmascarar o Estado, basta agir. Tudo o que estamos vendo, sem a interferência de ações concretas do estado em nada supera a força das pessoas comuns. É o ser humano em sua essência, benevolente e sem se preocupar com ideologias, que vai erguer o nosso ente federado mais sulista da nação.
As picuinhas entre pessoas que agiram sem pensar, despejando ódio regional vão ficar esquecidas nos “feeds” e “stories” do submundo das redes sociais. Só vão ser lembrados como eternos imbecis. Quem de fato sabe como o cidadão fez a diferença são os atingidos pela catástrofe. O Estado como instituição fracassou pelas mãos do Governo e de seus aliados, que, sabemos, estão agindo conforme uma agenda obscura, com objetivos específicos.
Cada vez que os Governos tentam interferir nas mais antigas tradições, rompendo as barreiras da essência do ser humano e das liberdades individuais, cai em desgraça e enrolado em suas próprias tramoias. A internet rompeu um longo período de engessamento do pensamento, mas agora nada pode conter a verdade.
De novo, os bons prevalecem sobre os maus e isto é imparável quando o sentimento de benevolência toma conta da sociedade civil organizada. Vai restar a vergonha dos publicistas de carteira, como disse Balzac na sua obra “Os jornalistas”, (2004, pág, 25), metáfora para a incompetência daqueles que atuam como o governo, olhando sempre para baixo.
Wesley Fragas