O Brasil é um dos países mais
apaixonados por automóveis em todo o mundo. De acordo com um estudo realizado
pelo Denatran, o país possui uma média de 1 automóvel para cada 4 habitantes.
Com uma frota tão grande, surge a
demanda por um sistema regulatório que organize e dite regras para a segurança
dos motoristas e dos pedestres: as chamadas leis de trânsito.
Na sociedade, é função das leis
assegurar assuntos comuns a todos os cidadãos, para que possamos viver de forma
ordenada.
Tendo isso em vista, as leis de
trânsito existem para determinar regras de conduta no trânsito brasileiro,
ditando dicas práticas de condução e orientações de boa convivência que devem
ser seguidas em todo território nacional.
Basicamente, as leis de trânsito
são normas legais cujo objetivo é disciplinar e ordenar o tráfego
automobilístico, com o intuito de uniformizar as condutas e o conhecimento
sobre o trânsito.
Por exemplo, é de conhecimento
geral que faixas brancas na vertical simbolizam a faixa de pedestre, sendo
seguro para o pedestre atravessar, pois é obrigação do motorista parar quando
encontrar essa sinalização.
Sendo assim, as leis de trânsito
tratam de assuntos comuns a toda a população envolvida de alguma forma com o
trânsito: motoristas, pedestres, ciclistas, passageiros e demais pessoas.
Na legislação brasileira, as leis
de trânsito são reguladas pelo Código de Trânsito, (CTB), que determina quem
faz parte do trânsito, o que pode ou não ser feito, as sanções e multas cabíveis
para determinadas infrações.
Conhecendo um pouco mais a
natureza das leis de trânsito, fica evidente a importância de respeitá-las,
tanto para garantir a segurança do motorista quanto para as demais pessoas.
Pensando nisso, vamos debater algumas das principais leis de trânsito que todo
motorista precisa saber.
·
Cinto de segurança
É impossível falar de leis de
trânsito sem mencionar uma das mais importantes delas, a obrigatoriedade do
cinto de segurança.
O uso do equipamento de segurança
passou a ser obrigatório no Brasil em 1994, mas para alguns motoristas o seu
uso ainda é controverso, principalmente em cidades do interior.
Porém, seu uso é essencial, não
apenas para os que ocupam os bancos da frente, mas também para quem senta no
banco de trás. De acordo com entidades internacionais, o uso do cinto de
segurança diminui em até 40% os casos de morte em acidentes.
Por isso, use o cinto para
garantir a sua segurança e evitar ser multado por um agente de trânsito,
infração que pode render cinco pontos na carteira de motorista.
·
Dirigir embriagado é crime
Essa lei não é novidade para
ninguém, mas é sempre importante lembrar: a embriaguez no volante ainda é uma
das infrações de trânsito mais cometidas.
Desde 2008, com o surgimento da
Lei, a fiscalização ficou mais severa com o aumento das blitz para apreender
motoristas e veículos que trafegam sob o efeito do álcool e colocam a sua vida
e a de terceiros em risco.
De acordo com a Abramet
(Associação Brasileira de Medicina do Tráfego), houve uma redução de 33% nas
taxas de ocupação nos serviços de emergência, enquanto os chamados do SAMU
apresentaram uma redução de 25%.
·
Ciclistas também devem respeitar as leis de
trânsito
As cidades mais humanizadas e
organizadas, possuem ciclofaixa urbana, demarcada com tinta vermelha e com um
desenho de bicicleta sinalizando o tráfego.
Faixa exclusiva, as ciclovias são
bem comuns em vias expressas e avenidas, protegendo o ciclista do tráfego
intenso.
Ao contrário do que muitas pessoas
pensam, as bicicletas são consideradas veículos pelo CTB, sendo classificadas
como veículos de propulsão humana, tendo o ciclista que respeitar as normas de
trânsito.
Além das leis convencionais de
trânsito, como semáforo, sinalização e circulação na mão correta, algumas
orientações são específicas para os ciclistas.
De acordo com o CTB, os ciclistas
devem circular em ciclofaixas, acostamentos e ciclovias. Na falta destas, ele
deve andar no bordo direito da pista, no mesmo sentido dos veículos.
Não suficiente, a legislação
brasileira proíbe a circulação de bicicletas em calçadas, passarelas e outras
vias que são de uso exclusivo dos pedestres.
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Crianças devem ser transportadas com equipamento
de segurança especial
Em 2008, foi determinado pelo
Conselho Nacional de Trânsito a obrigatoriedade do uso de cadeirinhas para
transporte de crianças menores de 10 anos no país, pela Resolução do Contran.
A Resolução determina que crianças
de até 10 anos devem ser transportadas no banco de trás e precisam usar o
equipamento de segurança adequado de acordo com sua faixa etária. Confira:
Até 1 ano: bebê conforto;
De 1 a 4 anos: cadeirinha;
De 4 a 7 anos: assento de
elevação;
De 7 a 10 anos: cinto de segurança
no banco traseiro;
Após 10 anos: já pode ser
transportada no banco dianteiro, sempre com cinto de segurança.
Além dessa medida garantir a
segurança das crianças, ainda protege quem está na frente, pois uma criança de
20 Kg projetada para frente em um acidente a 50 km/h gera um impacto
equivalente a 300 Kg.
·
Respeite os limites de velocidade
Quando os limites de velocidade
são respeitados, as chances de se evitar um acidente aumentam
consideravelmente.
Os limites de velocidade existem
para garantir a sua segurança e a de terceiros. Eles são avaliados com base em
características técnicas da pista, as condições do tráfego na localidade e pelo
fluxo de pedestres.
Deve-se sempre respeitar os
limites de velocidade não apenas para evitar multas, como também para
reconhecer a validade do cálculo técnico que possibilitou a recomendação de uma
velocidade que assegure a via de acidentes fatais.
Um motivo levado em consideração é
o tempo de reação do cérebro, que demora cerca de 1 segundo para reagir diante
de um novo estímulo em atenção focada. Caso o carro esteja a 80km/h, em uma
pista seca, o carro percorre cerca de 22 metros nesse tempo, antes mesmo do
motorista pisar no freio.
Não suficiente, é preciso
controlar a frenagem do veículo, precisando de tempo e espaço. Sendo assim,
quanto maior a velocidade, mais difícil é lidar com imprevistos na pista.
Pensando nisso, o motorista deve
sempre se orientar pela sinalização, pois ela existe para sua própria
segurança. Em uma pista não duplicada, a velocidade deve ser reduzida, uma vez
que em colisão frontal, a velocidade de ambos os veículos se somam em uma única
força.
Um trânsito seguro depende de
todos nós, e o respeito às leis de trânsito é o primeiro passo para alcançarmos
esse objetivo. Com essas dicas que a NOVIDADE lhe repassa, acreditamos que você
pode fazer a sua parte para evitar acidentes!