Entrevista concedida ao Jornal Vale Sul , edição n° 4 em 26/01/1012
Sr. Osmar Schaefer tem 80 anos, já morou na Alemanha, esteve com a família na 2ª Guerra Mundial e já exerceu várias profissões, de torneiro mecânico a soldador. É uma destas pessoas polivalentes com talento para muita coisa, um verdadeiro autodidata. Sua mãe Erna Muller emigrou da Alemanha para a Argentina. Foi lá que conheceu Pedro Schaffer que tinha ido tentar a vida de freteiro, pai de Osmar. Seus pais casaram em 31 de dezembro de 1931 e vieram embora para Blumenau.
Em 1932 já em Ituporanga o pai de Osmar teve alguns desentendimentos comerciais, um deles com o saudoso Henrique Jensen, chateado pegou todas as coisas e a família e retornaram para a Alemanha, inclusive Osmar. Pedro foi lutar na guerra ao lado dos alemães e Osmar com a família ficará em vários abrigos junto com as famílias de outros soldados por toda a Alemanha. No fim da guerra Pedro ainda foi preso pelos russos que já haviam tomado quase toda Alemanha, mas como tinha título de eleitor brasileiro, muito parecido com americano foi liberado. Retornaram ao Brasil pelo Rio de Janeiro em 1948 e em seguida voltaram para Ituporanga.
Seu Osmar ainda esteve no exército e trabalhou como torneiro mecânico e soldador. Foi trabalhar na fábrica de papel em Itajaí para em seguida ser transferido para a Fábrica de Pasta de papelão no Perimbó (Petrolândia). Casou-se em 1953 e ficou 41 anos casado. Teve dois filhos com a primeira esposa que faleceu em 1997. Atualmente seu Osmar é casado com Marion Correa e tem dois filhos, Tomas de 11 anos e Ramon de 4 anos.
Aposentou-se na empresa em Petrolândia onde trabalhou por 20 anos e atualmente reside em Ituporanga com sua esposa Marion e os dois filhos mais novos. Seu Osmar tem muita saúde e não dispensa uma cervejinha.
“Meu pai Pedro Schaefer quando retornou para a Alemanha depois de uns desentendimentos comerciais aqui em Ituporanga chegou lá no início da 2ª Guerra e logo já foi alistado. Ficou até o fim da guerra quando os russos entraram em território alemão. Depois foi preso pelos russos e logo liberaram porque o título de eleitor dele era brasileiro e muito parecido com os documentos americanos. Pensaram que ele era um aliado.”