O triângulo mineiro vem se destacando no cenário nacional e vem aumentando as áreas de plantio, consequentemente mais cebola entrou no mercado interno este ano, fato considerado normal para quem trabalha com cebola nesta época do ano. Isto explica em parte o preço baixo da cebola atualmente. O outro aspecto, também de mercado, deve-se à desaceleração da economia nacional como um todo.
No Brasil, em função da localização geográfica das principais áreas produtoras, as cultivares utilizadas enquadram-se nas classes de dias curtos (Bahia/Pernambuco, latitude 9° Leste Sul; São Paulo, 23° Leste Sul) e intermediários (Santa Catarina, 27° Leste Sul e Rio Grande do Sul, 33° Leste Sul). Em linhas gerais, a região Sul (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná) efetua a semeadura no período compreendido entre abril e junho e a colheita de novembro a janeiro. A região Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) faz a semeadura no período de fevereiro a maio e a colheita de julho a novembro. A região Nordeste (Bahia/Pernambuco), pratica a semeadura durante todo o ano, com concentração nos meses de janeiro a março, possibilitando um escalonamento de plantio e produção com oferta de cebola em diferentes períodos do ano.
Em Ituporanga, Alfredo Wagner e Aurora, os compradores e produtores acreditam em um atraso de cerca de 15 dias na colheita comparado ao ano passado. Os motivos estão relacionados às condições do clima neste ano na região sul. Aqueles que acreditavam no início da colheita em áreas baixas no meio do mês de novembro, já estão considerando o atraso, confirmado também nas partes altas. A cebola vem sendo comercializada na roça por cerca de R$ 1,00 o quilo em Minas Gerais. Para a região da cebola em Ituporanga, a expectativa é que pelo menos o preço se mantenha na média do ano passado, cerca de R$ 2,50 na roça. Logicamente estamos falando do preço na origem. O consumidor paga mais em função dos preços praticados pelo varejo, mais a adição de margem de lucro e impostos.