Por Dr. Sérgio Luiz Coelho


Circula nas redes sociais uma informação que em determinado local da Rua João Back – Bairro Vila Nova, a Administração Municipal mandou colocar no chão com as máquinas da Prefeitura, um barraco construído por uma pessoa em situação de vulnerabilidade de moradia, construindo seu barraco sobre, o que se sabe, um imóvel de propriedade do município.


A Administração emitiu nota de que está realizando obras na região para reparação da via, onde será iniciada a pavimentação, o barraco que não tinha características de moradia e no momento não havia ninguém no local, e ele foi desmanchado e que, estando o cidadão em situação de vulnerabilidade, deveria ter procurado a Assistência Social do município, para sua assistência.


Vamos elencar aqui 3 pontos de incoerência e demonstram que a Administração, capitaneada pelo “coroné” ausenta-se da verdade e não sabe como lidar com a lei e obediência às regras legislativas. E o pior, não tem sensibilidade humana para atender ao sofrimento de seu povo mais necessitado.


1. Sendo o imóvel da prefeitura, sendo local que não poderia ser habitado e não poderia ser utilizado, por que o município não agiu no momento da construção? Por que não agiu para impedir a ocupação?


2. Tem a Assistência social do Município capacidade, competência e recursos para resolver questões desse tipo, por que não resolve o mesmo problema que está implantado no centro da cidade, na Praça Frei Gabriel? Ou no ponto de ônibus na Rua Tenente Jacob Philippi?


3. Se precisava fazer obras, havendo no local alguém ocupando, por que não agiu conforme determina a lei, através de uma reintegração de posse, já que foi omissa e incompetente para evitar a ocupação ou não agiu antes para se reintegrar na posse?


O “coroné” prefeito, quando foi combater nos microfones de sua rádio o que falamos sobre o caso da praça da matriz, alegou que precisa agir de forma ordenada e como a lei permite. Então: ou mentiu naquele momento ou agiu ilegalmente nesse derrubando o barraco do morador.


Ademais, por ser o terreno do município, não lhe dá o direito de agir arbitrariamente pelas próprias razões, mesmo porque, quando o terreno não é do município, o prefeito “coroné” manda meter as máquinas no terreno particular e invade agindo ao seu jeito e modo com a chibata e o coturno.


Assim foi na estrada que dá acesso ao Braço Perimbó, derrubando cercas e muros; foi no Bairro da Gruta, para fazer a estrada para o Salto Grande e outras tantas que poderíamos enumerar.


Já imaginaram se fosse um adversário do “coroné” que, sendo o administrador agisse assim, como seria o alarido dos “bocas alugadas”, verdadeiras maritacas do microfone de sua emissora? Eu sei porque conheço a história. 

Não defendemos invasões ou ocupações irregulares ou ilegais, mas entendemos que a lei não pode ser desrespeitada, o ser humano merece respeito e as questões sociais precisam ser resolvidas. Pergunto: a atual administração construiu uma só casa popular? Não tem respeito e nem compaixão dos pobres e necessitados. É uma administração ingrata, injusta e hipócrita, porque fala de um jeito e age de outro.


O Exercício arbitrário das próprias razões não é permitido nem pelo particular e nem pelo Poder Público. O prefeito “coroné” não tem projeto social e não tem um plano assistencial para seus administrados. Um descaso com os necessitados.




Deixe seu Comentário