Parlamentares sul-coreanos apresentaram um projeto de lei nesta quarta-feira para destituir o presidente Yoon Suk Yeol depois que ele declarou lei marcial e reverteu a medida horas depois, desencadeando uma crise política na quarta maior economia da Ásia.

A declaração surpresa da lei marcial no principal aliado dos EUA na noite de terça-feira causou um impasse com o parlamento, que rejeitou a tentativa de Yoon de proibir a atividade política e censurar a mídia, enquanto tropas armadas forçavam sua entrada no prédio da Assembleia Nacional em Seul.

O principal partido de oposição, o Partido Democrático (DP), pediu que Yoon, que está no cargo desde 2022, renuncie ou enfrente impeachment.

Seis partidos de oposição sul-coreanos apresentaram posteriormente um projeto de lei no parlamento para impeachment de Yoon, com votação marcada para sexta-feira ou sábado.
"Não podíamos ignorar a lei marcial ilegal", disse o legislador Kim Yong-min a repórteres. "Não podemos mais deixar a democracia entrar em colapso."

Também houve profundas divisões no Partido do Poder Popular de Yoon, já que seu líder pediu que o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, fosse demitido e que todo o gabinete renunciasse. Kim se ofereceu para renunciar, disse o Ministério da Defesa.

Yoon disse à nação em um discurso na televisão na noite de terça-feira que a lei marcial era necessária para defender o país das forças anti-Estado pró-norte-coreanas e proteger a ordem constitucional livre, embora não tenha citado ameaças específicas.

Cenas caóticas se seguiram enquanto as tropas tentavam assumir o controle do prédio do parlamento, embora tenham recuado quando assessores parlamentares os pulverizaram com extintores de incêndio enquanto os manifestantes brigavam com a polícia do lado de fora.

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