Foto: Carlos Fabal / AFP


A tragédia que está em curso no estado do Rio Grande do Sul está escancarando o atual momento da politização de tudo que acontece no Brasil. Infelizmente as fontes mais confiáveis são os vídeos e relatos postados por civis nas redes sociais. Tente pesquisar no google sobre a gestão da tragédia no nosso vizinho estado sulista. Você vai obter como resultado a ampla gama de consórcio de mídias gigantes que falam exatamente a mesma coisa. Os resultados vão desde informações defasadas até chegar às narrativas criadas por eles próprios acerca do desastre gaúcho.


Não há nada que chegue perto dos números reais de mortes, de desabrigados, de roubos e assaltos, saques contra comerciantes e expropriação de propriedades. É óbvio que existem agentes de segurança e tropas especializadas em resgates, principalmente catarinenses, paranaenses e paulistas. As fontes confiáveis nas redes sociais como o famoso comediante “Nego Di”, relatam o esforço barriga verde incansável, muito porque a experiência com este tipo de calamidade calejou o catarinense por décadas, especialmente no Vale do Itajaí. Adentrar em bairros perigosos tornou o esforço, um ato de risco à própria vida, seja pela ação de traficantes que querem proteger seus pontos de drogas, seja pelos riscos trazidos pelas águas.


Os verdadeiros herois

Os verdadeiros herois são anônimos. Pessoas comuns continuam salvando vidas e isto jamais será relatado, salvo a postagem de algum vídeo nas redes sociais, possivelmente retaliado pelos invejosos atores do ódio. Os imigrantes venezuelanos, migrantes nortistas e nordestinos, o povo gaúcho, estes são os verdadeiros herois. Mas eles não têm tempo de gravar vídeos e postar nas redes sociais. Basta rolar a barra de navegação de qualquer aplicativo social e você verá imagens do povo, esmagadora maioria e equipes de resgates de todas as unidades da federação. O que intriga e deixa indignado o povo riograndense é a iniquidade das forças armadas. Elas são necessárias agora, imediatamente, para ajudar nos pós-catástrofe, especialmente para servir como escudo aos agentes diretos de salvamento. A bandidagem agora vai operar livremente e as forças de segurança do estado sulista não terá como defender o seu próprio povo sem as três forças armadas. Porque eles não estão lá agora? Se as forças armadas não servem para ajudar numa catástrofe nacional, qual o motivo da sua existência em um país que não está concentrado em guerra alguma?


Impacto na Economia nacional

O Rio Grande do Sul é um dos maiores exportadores de arroz, soja e carne bovina e os especialistas apontam que estes itens serão objeto de inflação nos próximos meses. Apesar do IPCA ter divulgado um índice de apenas 0,21% em abril, o que se vê no mundo real não chega nem perto do que hoje temos de alta direta nas prateleiras dos supermercados. A sensação que o povo tem é de maquiagem e manobras contábeis na política financeira nacional. Os salários não acompanham nem de perto a subida nos preços, o que preocupa a população porque a desconfiança só aumenta, especialmente no momento de pagamento dos produtos.


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