Na Argentina os meios de comunicação estão falando do fim de uma era, do fim do populismo, do fim de uma casta política corrupta, do fim do peronismo e do Kichnerismo. As expressões usadas para demarcar o fim do domínio da esquerda e o início de um governo de direita são as mais variadas, mas, o fato é que o novo presidente eleito, Javier Milei com 55,69% dos votos só inicia seu mandato no dia 10 de Dezembro.



Milei teve 14,4 milhões de votos contra 11,5 milhões do atual ministro da Economia, o comunista Sergio Massa, com 44,30% da votação. Apenas em três estados os comunistas argentinos conseguiram ganhar: Buenos Aires com apenas 50,73%, Formosa com 56,50% e a pobre província de Santiago Del Estero na divisa com a Bolívia com 68,41%. Nas demais províncias (Estados), Milei ganhou em todas. A Liberdade Avança, nome da chapa encabeçada por Javier, teve 74,05% dos votos em Córdoba e 71,14% em Mendoza, províncias ricas onde as empresas estavam asfixiadas pelo estado argentino e sua alta carga tributária. Foram expressivas também as vitórias na província de San Luis com 67,99% dos votos, Santa Fé com 62,82% e Entre Ríos com 61,48% dos votos.


Milei discursou ontem cerca de 21h47 da noite direto do hotel onde se encontrava e agradeceu a todos os argentinos pela confiança, falando da mudança e dos desafios que agora a Argentina terá que passar. Apesar de muita gente já ter como certo alguns nomes de seu governo, Milei não apontou nenhum nome e as principais frases do seu discurso foram:


  1. Hoje começa a reconstrução da Argentina;

  2. Hoje começa o fim da decadência Argentina;

  3. Hoje começamos a dar a volta por cima;

  4. Hoje termina o modelo de estado empobrecedor;

  5. Ao governo, queremos pedir responsabilidade até 10 de dezembro;

  6. Vamos ser implacáveis com aqueles que querem utilizar a força para continuar com seus privilégios;

  7. Não há lugar para gradualismos;


Hoje pela manhã, Milei confirmou que vai sim fechar o Banco Central por uma questão moral. Afirmou também que vai dolarizar a economia para que a inflação de 140% anual termine em até 24 meses, mas disse que o objetivo é que o cidadão decida qual moeda quer utilizar. 

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